quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

02. Yoff 27.01.09


02.
Yoff consome-se a si mesmo. O bairro fractura-se numa infinidade de sons espalhados ao longo dos espaços escuros da visão. Milhares de cores entrelaçam-se numa organização quase indecifrável, caótica e bela, melancólica de comparação. A poesia está nos olhos profundos, nos sorrisos amáveis no sentido de culpa, nosso. Na espontaneidade descuidada que perdemos e no cuidado pelos outros. A riqueza das gentes é doce. Procuro em cada olhar a cumplicidade da diferença e a certeza de nada possuir. A não ser o espírito iluminado pela luz interminável dos deuses. Este pedaço de África é assim extinto por nós. Uma combinação larga de ocidentalização animista, encanto poético das paixões longínquas, algo impossível ou outra coisa qualquer, que não importa nomear.

02.
Yoff épuise à lui-même. Le voisinage fracture-si dans une infinité de sons diffusés au long des espaces sombres de la vision. Les milliers de couleurs sont imbriqués dans a organisation presque indéchiffrable, chaotique et belle, mélancolique en comparaison. La poésie est dans les yeux profonds, dans les bons sourires dans le sens de culpabilisations, les nôtres. Dans la spontanéité insouciante que nous avons perdue et le soin pour les autres. Le patrimoine des gens ce sucré. Je cherche dans chaque coup d'œil la complicité de la différence et la certitude de posséder n'importe quoi. Ne pas être l'esprit éclairé des dieux pour sa lumière sans fin. Ce morceau d'Afrique est comme ce disparu pour nous. Une combinaison large d'occidentalisation animiste, charme poétique des passions distantes, quelque chose impossible ou autre cela n'importe.

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